sexta-feira, 27 de maio de 2011

À l'americaine.



Têm coisas que só acontecem aqui, uma delas eh a fixação desse povo com as alergias: tem alergia para tudo o que vcs possam imaginar. Pensem num alimento, pois então, pode ter certeza que haverá um ser que será este-alimento-free, isso é, alérgico.
Outra coisa que só tem aqui é baseball. Tá certo que a seleção do Japão ou da Costa Rica podem ser, junto com os EUA, potências do baseball. Mas o resto do mundo não ta nem aí para isso, e também pudera, eita joguinho sem graça.
Seguindo a ordem cronológica dos fatos, vamos falar primeiro do baseball, e depois das alergias. O meu quarto Au Pair Meeting foi uma proposta bem legal: um jogo de baseball. Nunca tinha me sentido tanto em solo americano até então. Como ir ao Maracanã tem a cara do Brasil, ir a um jogo de baseball tem a cara da América (como eles gostam de chamar o país deles). A arena é toda aberta, ou seja, se chover lascou-se. Porém, fomos agraciados com a  presença do sol, apesar da previsão de chuva.
Grupo de brasileiros com a Marie
Eu e a Marie no Baseball

O ingresso não é caro, 6,00 dollares. Deve ser esse o preço da geral do Maracana hahaha, no entanto, a geral daqui, ao contrario do Maraca, é sentadinho na grama. Levamos toalhas para nos sentarmos e admirar a partida. O problema foi esse: admirar a partida. Até deu para entender algumas coisas, basicamente o homem lança a bola e  o outro, do mesmo time, tem que pegá-la, mas antes tem que dar uma volta no campo inteiro. Que joguinho chato é esse? E ainda por cima pode durar horas.... Eita, vai ver que um americano pensa o mesmo de futebol....



Mudando de tópico. O povo daqui, pelo menos na minha casa, é loco por uma alergia a alimentos. A minha kid mais velha, que ja é alérgica a glúten, agora "virou", segundo o diagnóstico preciso do pai e da mãe, alérgica a leite. Assim, sem mais nem menos, ela tem dor de barriga (sabe-se lá se tem mesmo essas dores) e isso virou uma tragédia grega, uma novela, uma drama mexicano.
Na segunda feira, a minha host me fez ajudar a faxineira (eles tem uma diarista que vem semanalmente limpar a casa) a limpar TODA a cozinha e a mudar TUDO de lugar, pq TUDO estava, segundo ela, contaminado, mas até agora não entendi qual a relação entre a mudança de armário dos pirex e a tal alergia da guria. A ordem agora é "wipe down", vamos "wipeando" tudo, após cada refeição, cada besliquinho, se olhar para a cozinha tem que limpar, pq isso pode contaminar a comida da pobre filhinha dela. Ahhhh vá plantar batatas (para não falar outras coisas). Essa historia toda é ridícula, ela jogou mais de 10 sacos de comida fora, pq estavam cross-contaminated!!!!!! Até o açúcar com glúten ela jogou fora. Pq? Também não sei, talvez pelo prazer de jogar comida fora e saber que se pode comprar depois. Lamentável.
Todavia, a pérola, na verdade, veio na terça, ela veio me dizer que não quer mais farinha normal, isso é, com glúten em casa, pois a farinha pode voar atingindo e contaminando a comida da pentelhinha, e não só isso, pode voar e atingir as papilas gustativas da pobre criança. Realmente, é algo inovador.
Onibus das escola, indo para o campus

Campus

brazucas

Sala de aula

Eu e Marie. 


E o que eu faço? Bem, eu sigo as ordens, mas também penso com alívio "graças a Deus, não são as minhas filhas e daqui a alguns meses isso não será mais problema meu.
Para finalizar, neste ultimo fim de semana, fui a Long Island fazer meu curso de inglês. Meu weekend class foi de sexta a domingo.
A Marie, minha nova amiga alemã, foi comigo e dividimos o quarto na universidade onde também dormimos. As aulas iam das 9h as 21h com alguns intervalos. A maioria das gurias eram alemãs, o que muitas vezes enchia o saco pq elas só falavam em alemão. Mas também tinham brasileiras, pq brasileiro, minha gente, nunca é um só, sempre tem mais. Conheci umas gurias bem legais que moram em Connecticut. As gringas também eram legais (algumas eram beeeem xexelentas, mas dessas não preciso falar), conheci gente de toda parte. O bom de rever brasileira é que aqui quase não tenho contato com brazucas o que é bem para meu inglês, mas ruim para a saudade. Tem hora que só no Brasil mesmo.
E para completar os cursos e ganhar os 3 créditos universitários, precisamos escrever uma redação sobre nossa American Community e ainda pensar em 5 ideias que refletem essa community. Eu não sabia quais ideias poderiam refletir a minha American community, mas agora, com ajuda dos meus host, consegui achar cinco, que são as seguintes:

- Safe Community
- Center Located Community (close to important cities such as nyc and philly)
- Quiet Community
- Family Oriented Community
- Small Community.

Concordam?

terça-feira, 26 de abril de 2011

Brazil invites us


O novo blockbuster do momento é Rio. Mais do que isso a nova onda o momento é mesmo o Brasil.
Quem viu o filme aprovou, nao apenas a história da ararinha que não sabia voar, mas a viagem ao Rio que o filme proporciona, com direito à desfile na Sapucaí. Eu assisti o filme duas vezes e em ambas parecia uma canção do exilio: "Minha terra tem palmeiras onde canta o Sabiá".  Na verdade, o que acontece comigo é: consigo descobrir e me apaixonar mais pelo Brasil vendo-o de longe do que de perto. Alias, cá entre nós,  não é difiícil se apaixonar pelo Brasil, nem pelo filme.

Rio, the movie,  tambem está ligado à nova onda brasileira do momento:. é um tal de  "Brazil calls you", que antes não se via. Tamo com a bola toda, e eu tambem ajudo a encher a bola por aqui hahaha. O Brasil vem se tornando tão atrativo que é o tema do mês de abril das primeiras séries da escola onde minha kid mais nova estuda. Fui encarregada de fazer uma apresentação para as crianças na semana que vem.  Ela também está bem empenhada com o nosso Brazil Project, e este se tornou a chave para mantê-la ocupada. Já fizemos varios posters com fotos da Amazônia, do Carnaval, do futebol e do Rio, a cidade: tudo o que representa nosso esteriótipo de paraíso tropical.  Não é à toa que ela gosta tanto: o Brasil é colorido, bonito e alegre.
Nossa cozinha virou um laboratório. Foram feitos: bolo de cenoura, brigadeiros e beijinhos. Tudo original. O brigadeiro é sucesso na certa.
Vou deixando meu discurso patriota por aqui, senão daqui a pouco chego no Brasil e coloco a bandeira brasileira na porta de casa que nem americano faz!!! Mas é que, na verdade, no fundo, no fundo, there is no place like home.

Voando de volta para os EUA. No domingo troquei a folga por um espetáculo da Broadway. Fair enough, isn`t it? Fui com a criançada e com o pai assistir a Mary Poppins em Manhattan. E pela primeira vez, experimentei o calor em NYC. Tava tão bom e tão cheio....

A peça é sensacional. Um "must" em NYC, sem dúvidas. Impressionante a troca de cenários e de figurinos, os atores e até os efeitos especiais (tinha ator voando, andando pelo teto). Ficamos num lugar ótimo, na plateia, e se não fosse a velha cabecuda, seria melhor ainda. Uma das melhores coisas que já vi por aqui. Foi minha doce pascoa sem chocolates.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

No cafofo do Obama.

Washington aconteceu por acaso, numa conversa de "vamos ver...". E, após duas semanas, peguei carro, ônibus, trem para uma viagem de quase 5 horas....
O ônibus já foi chegando com atraso de meia hora. Mas até aí estava tranquilo, pois tinha 1h40 de intervalo entre a chegada do busão a Philadelphia e a partida do trem a Washington. Entretanto, não sabia que Philly, aquele cidade tão chamorzinha, pode bater São Paulo no quesito trânsito! Enfim, uma viagem que poderia ser feita em 1h de carro, 2 de ônibus, levou 3 horas!!! A salvação foi o motorista parar no meio do trânsito para a galera descer e ir correndo até a estação, com chuva e tudo (eu corri). Mais 1h56 de trem até D.C., que em comparação à viagem até Philly, foi tranquila.
Chegando em Washington, chuva e frio hehehehe só para melhorar o dia. O Guillaume e os amigos chegariam mais tarde, o voo previsto para as 20h40 e eu já estava lá desde às 19h.  Fui para o hotel. Um dos amigos do Guillaume, que reservou o hotel, Romain,  ligou para o Marriot para informar que chegaria antes, porém, quando cheguei, não me deixaram entrar!!!!!!!!!! Claro que pus a culpa do coitado do francês e fui até o aeroporto bufando de raiva dos putos que não ligaram!!!!! Onde já se viu?? No fim das contas, xinguei o coitado à toa, porque ele tinha ligado. (obs. assim que entrei no quarto com os meninos - guillaume, romain e emilien - tinha uma cartinha de apologize do recepcionista "TO MISS MENDES" hahaha com uma garrafa d'água, chips e chocolate).
Nesta noite, saímos para comer hamburger, é claro. Aliás, esse foi meu primeiro hambuger normal nos estados unidos. Digo normal, porque o primeiro na verdade foi veggie hahahaha. E saímos para beber com um esquisito, amigo do Romain, numa rua cheia de bar. Fui embora mais cedo, pq tava só o pó da rabiola.
No dia seguinte, sábado, foi dia de turistar pela cidade. Passando pelos Arquivos da Constituição, que deleite para uma estudante de direito. Eu vi  a primeira  Constituição dos EUA, com VII artigos e o Bill of Rights, ali originais.
Depois, o Capitol e passeio pelo museos. Conheci três deles: o de aviação, o museu nacional e o da história da evolução. Todos imperdível, principalmente os dois últimos.
À noite, conhecemos o melhor de DC, na minha opinião: Georgetown. É um bairro a oeste de DC que é todo bonitinho, com lojas e restaurantes. Parecia uma cidadezinha perdida da Inglaterra, uma coisa New England. Uma charme só, um passeio por ali vale a pena. Lá em Georgetown visitamos a Universidade de Georgetown, uma das melhores dos EUA. Pode ser já que o prédio da universidade parece o castelo do Harry Potter.
Chinatown, nosso bairro
Bar da sexta feira
franceses
Esqueci

City

Domingo, o último dia, começou com uma visita ao Washington Monument e com um passeio nos jardins da Casa Branca. Chegamos bem perto da White House, quase deu para ver o Obama na cozinha. Esse tour pelos jardins não acontece todos os dias, demos sorte!
Última parada para fechar DC: National World War II Memorial e Lincoln Memorial. Daí em diante, meus pés não aguentavam mais.
Trem+onibus+carro = 23h30 em Allentown.

E olhem só que conscidência: na volta ao hotel no domingo, antes de ir para a estação: encontrei uma au pair que estava na escola de Long Island comingo. Ela do nada me reconheceu!! Ela estava em Connecticut, mas entrou em rematch e foi parar em DC downtown. So lucky!

National Archives: onde está a Constituição americana.

Desfile não sei do quê
National Gallery
Capitol
Guillaume, Nono e Gigina

eu
Capitol

Guillaume
Museu da Aviação
National Gallery, entrada

National Gallery

Natural History Museum
 Georgetown
 Georgetown University
 Aluna nova
 Washington monument
Cafofo do Obama
Última foto do post.

Vou postar mais foto...

quinta-feira, 31 de março de 2011

Blog fantasma

Toc, toc, toc, tem alguém aí? Alguém, além das moscas, está conectado a este blog?? Esse blog foi feito para mandar notícias constantemente, pelo menos essa foi a intenção, e agora vejo que a última postagem foi no dia 27 de fevereiro!!! A culpa é toda minha. Desolée. As coisas foram caindo na rotina, todos os dias as mesmas coisas, as mesmas alegrias e chatiações, que não me via motivada para escrever aqui... Mas seus problemas acabaram, pq hoje venho aqui com um novo post, e claro, com novidades.
A grande novidade é Miami, benhê. Se lembram da Sol da novela? Então, é lá.
Para começo de conversa, Miami não me pareceu ser "Estados Unidos", ou melhor, parece ser outro Estados Unidos, porque não é aquele primeiro mundíssimo pelo qual estamos esperando... Na verdade me fez lembrar a Barra da Tijuca, não o circuito Ipanema-Leblon, pq esse, meu bem, dá de 10 a 0, convenhamos....
Ok, ok vamos parar com as impressões e ir direto aos fatos.
O avião saiu de Newark. Teve Overbooking e estavam dando 300 dollares para que desistisse de viajar. Até que a grana cairia bem, maaaaas queria tanto chegar na Florida logo. Graças a Deus, peguei um assento sem criança ao lado rs, e fui assistindo ao Balck Swan, o Cisne Negro, ou como quiserem chamá-lo...
Nem posso descrever minha alegria ao chegar em um lugar quente, com verde, coqueiros, mar e céu azul. Pronto, meu paraíso tropical! Ai, o mar, como isso faz uma falta, morar perto do mar faz sim toda diferença.
Seguimos para a casa do pai da minha host mom, que mora na Florida. A casa fica num condomínio de golf, enormeeeeeeeeeeee. Lá só dá terceira idade, aliás é dedicado a este público: acreditem se quiser, mas tem mais velho que Copacabana.
No dia seguinte, domingo: Miami Beach. Só para dá uma rápida explicação: os meus hosts me perguntaram se eu poderia ficar essa semana na Florida na casa do Guillaume, já que eles não teria espaço suficiente para me acomodar na casa do host grandfather. Claro que minha resposta foi SIM, EU POSSO!! E foi assim que voei para a Florida com tudo pago, para ficar off na casa do meu namorado. Não é quase como ganhar na loteria?
Então, no domingo de manhã, peguei o trem de Delray, direção sul, para Miami International Airport, encontrar o Guillaume, que chegou uns 15 minutos depois.
Fizemos uma viagem básica até South Beach, onde ele mora, num ap em frente à praia com o marzão como vista da janela da sala.

 Nesse mesmo dia, pegamos o busão (o sistema de transporte não bom, não tem muitos ônibus e, por isso, eles demoram para chegar) e fomos até a Lincoln Road dar uma passeada. O lugar é bem latino e não se diferencia de muitos calçadões de várias cidades Brasil afora (não o de Ipanema, pq não é em frente a praia). Fui obrigada a comprar um biquíni coador de café à la americana, pq cometi a burrada de esquecer meu biquíni em Allentown!! É, quem tá na chuva é para se molhar.

Nos dias seguintes, passava o dia na praia ou na piscina, lendo meu novo livro THE ART OF FRENCH KISSING hauahuahu o qual já estou acabando...E adivinhem a história? Basicamente, de uma mulher, que depois de perder tudo, vai para Paris e se reconstrói, principalmente no amor. Parece bobo, mas o livro é bem legal e ainda tem um personagem que se chama Guillaume hahahaha. Saudades de Paris....
Bem, voltando à Flórida: na terça, o Guillaume teve a tarde off para fazer o Social Security Number ( o nosso CPF). Após as diligências necessárias, partimos para o norte de south beach, numa viagem de mais de uma hora, considerando que o busão demorou quase meia hora para chegar ao ponto, com destino ao Aventura Mall, o maior shopping center de Miami, e quinto maior dos Gringolândia. É, benhê, tudo que a brasileirada gosta, né? Brasileiro adora se meter em lojas tipo Calvin Klein, Armani Exchange... Passamos a tarde inteira e parte da noite lá e voltamos, exaustos com sacolas de compras. (as coisas não estavam mais baratas, mesmo preço aqui de Allentown).
Quarta, saímos para um bar. Ter 21 anos aqui faz a diferença, mas é claro que me pediram o ID hahahaha. Tomamos 2 drinks da sessão happy hour de um bar e de lá seguimos para Ocean Drive, uma das mais famosas ruas de Miami, onde está situada a casa do Versace, que foi assassinado. Ocean drive me  faz lembrar Havana, apesar de numa ter ido a Cuba.
Na quinta, que seria meu último dia, acabou não sendo. Fiquei um bom tempo na praia, foi tão bom: areia e oceano com tubarões. À noite, fomos para Bayside, que é uma espécie de shopping a céu aberto. Nada de compras dessa vez, apenas um jantar no Hard Rock Cafe Miami! bem gostoso lá, quem tiver a oportunidade, vale a pena.

Como disse, quinta seria meu último dia, mas não foi. Meus hosts parents ficaram de me buscar na sexta feira, mas não puderam... Tive que me virar. Duas opções: uma partir na sexta durante o dia, sem poder me despedir do Guillaume, que estava trabalhando ou me encontrar com eles na aeroporto às 6h no sábado.

Claro que fiquei com a segunda opção, pois teria mais uma noite em Miami e não queria pegar um busão e o trem de volta, já que o transporte lá não é prático. Porém, aí começou a saga da táxi, tudo porque o porteiro do prédio, quando perguntamos, disse que não encontraríamos táxi de jeito nenhum de manhã, por conta de uma Festival de Musica que estava rolando em Downtown. Pânico! Já era 7 da noite e não teria tempo para voltar no mesmo dia para Delray. Liguei para duas empresas de táxi e tentei reservar, uma eu consegui mas não estava garantido, tinha que confirmar e outra disse apenas que teria táxis e que só precisava ligar de novo 15 minutos antes.
E assim foi. Por precaução acordamos às 4h da manhã para ligar para as empresas e se não conseguíssemos, iríamos para  a rua procurar um táxi. Mas graças a deus, depois de alguns minutos de insistência o taxi estava na porta do prédio... Ft Lauderdale Airport, última parada. O táxi foi salgado, mas valeu como o preço da viagem, já que não paguei passagem...

2 horas e meia depois lá estava eu de volta em Allentown. Depois do calor da Florida, o frio negativo da Pennsylvania.

Próximo capítulo: Washington DC.

see you

A caminho de casa
cachorrinho
Nossa praia
marzão
vista à la Av Atlantica
posando de chic em Miami beach


Barzinho com vista pro mar.

Olha nós aí
Nós de novo
Ginásio de basket de Miami
Bayside


Bayside de fundo

noite

Praia